Mulher é detida por 'comprar' bebê no ES
Pouco mais de um ano após sequestrar um bebê em Minas Gerais, uma mulher de 49 anos foi presa novamente, desta vez em Muriaé (MG), acusada de adoção ilegal. Segundo a Polícia Civil, ela teria comprado um recém-nascido em Guarapari (ES). A mãe biológica da criança também foi detida por “entregar o filho em troca de recompensa”.
Denúncia levou à prisão
A prisão aconteceu na última quinta-feira (30), após um vizinho estranhar a chegada da mulher com um bebê em casa e acionar o Conselho Tutelar. A polícia foi acionada e encontrou o recém-nascido, de apenas 9 dias, na residência da suspeita. O bebê foi resgatado e encaminhado para uma casa de acolhimento em Muriaé.
De acordo com as investigações, a mãe biológica da criança, que mora em Guarapari, conheceu a mulher pelas redes sociais em julho de 2024. A suspeita viajou para o Espírito Santo no dia 21 de janeiro deste ano para acompanhar o parto, ficando hospedada na casa da mãe. Cinco dias depois, as duas registraram a criança em cartório e assinaram um documento autorizando a viagem do recém-nascido para Minas Gerais.
Além disso, a polícia descobriu que a mulher vinha realizando depósitos diários para a mãe biológica antes de levar o bebê. O valor negociado entre as duas, no entanto, não foi revelado.
Histórico de crimes semelhantes
Essa não é a primeira vez que a suspeita se envolve em casos desse tipo. Em 2023, ela sequestrou uma recém-nascida em Uberlândia (MG) e fugiu para Muriaé. Na época, foi indiciada pela Polícia Civil por “subtração de criança” e chegou a ser presa, mas foi solta pouco tempo depois por meio de um alvará de soltura.
A mãe da bebê sequestrada naquele ano afirmou que inicialmente tinha decidido entregar a criança para adoção, mas mudou de ideia. A suspeita, por sua vez, negou o sequestro e alegou que a bebê era sua filha. Após decisão judicial, a criança foi devolvida à mãe biológica.
Investigação em andamento
Agora, a Polícia Civil continua investigando o caso para entender todos os detalhes da negociação entre a mulher e a mãe biológica. A suspeita segue presa e pode responder por crimes como adoção ilegal e tráfico de pessoas.
A criança permanece sob os cuidados do Conselho Tutelar e da Justiça, que decidirão seu destino nos próximos dias.
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